Há muito tempo venho tentando me informar como funciona a maçonaria e principalmente como ela age em nossa cidade.
Encontrei um caminho, até fácil, quando abriu a última loja maçônica aqui em Santiago, pois fui convidado a ser irmão, porem recusei porque fui alertado que uma vez membro não poderia divulgar nada da minha pesquisa.
Então nesse final de semana estive com um “irmão” maçônico o qual após várias cervejas abriu algumas coisas que fiquei no mínimo intrigado e preocupado. Segundo ele a irmandade é tão forte aqui que determina quem irá preencher cargos nos poderes constituídos e o pior chega ao cúmulo de usar o sistema integrado da polícia para levantar a ficha de qualquer cidadão que esteja interessado em fazer parte da seita ou ainda para simplesmente conceder um emprego.
Esse “irmão” me relatou que uma vez estava em um júri e o advogado de defesa faz parte da loja lá de perto do Damian, mas ele não sabia, e então o doutor começou a dar os passos secretos no plenário então que ele percebeu que o advogado era um “bode” (expressão usada entre eles) e quando e defensor cumprimentou os jurados teve a certeza que se tratava de um “irmão”.
Perguntei a ele: Sendo o advogado um maçom isso interferiu em sua decisão? A resposta foi estarrecedora: SIM, mas ainda bem que o réu foi condenado e o voto não vez diferença.
Meu questionamento é:
- Até aonde uma pessoa comum pode ser prejudicada em nome de uma irmandade?
- É legal que um policial a pedido de um dono de Posto de Combustível investigue os empregados através do Sistema Integrado da Polícia?
- Quem não concorda com a seita será colocado em segundo plano, sem saber, quando contrariar os interesses dos irmãos ou disputar uma vaga de emprego com um deles?
Por fim esse amigo, já embriagado, me fez um resumo de como é a cerimônia para o ingresso do novo irmão, claro depois da votação secreta e da investigação da vida do sujeito.
Veja como é (mais ou menos resguardado o horário da conversa e a situação alcoólica do “irmão”):
O profano (iniciante) aproxima-se lentamente com os olhos vendados. Ao entrar na loja, o irmão “experto” toca-lhe o peito com a ponta de uma espada. Então, segue o seguinte interrogatório.
O Venerável pergunta: – Vês alguma coisa, senhor?
A resposta do profano é imediata: – Não, senhor.
O Venerável prossegue: – Sentes alguma impressão?
Profano: – O contato de um objeto aguçado sobre o peito.
Venerável: – A arma cuja ponta sentes simboliza o remorso que há de perseguir-vos se fordes traidor à associação a que desejais pertencer.
O estado de cegueira em que vos achais é o símbolo do mortal que não conhece a estrada da virtude que ides principiar a percorrer.
O que quereis de nós, senhor?
Profano: – Ser recebido maçom.
Venerável: – E esse desejo é filho de vosso coração, sem nenhum constrangimento ou sugestão?
Profano: – Sim, senhor.
Venerável: – Previno-vos, senhor, que a nossa ordem exigirá de vós um compromisso solene e terrível…
Se vos tornardes maçom, encontrareis em nossos símbolos a terrível realidade do dever.
Depois de submetido a muitas indagações, o profano é conduzido ao altar dos juramentos e ajoelha-se com o joelho esquerdo, pondo a mão direita sobre a constituição e a Bíblia, que devem ter em cima a espada: à mão esquerda, o profano segura o compasso, apoiando-o no lado esquerdo do peito.
Daí, todos se levantam e ouvem o seguinte juramento:
“Eu, fulano de tal, juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, pela minha honra e pala minha fé, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus perante esta assembleia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar quaisquer dos mistérios que sempre ocultarei e nunca revelarei qualquer uma das artes secretas, partes ou pontos dos mistérios ocultos da maçonaria que me vão ser confiados, senão a um bom e legítimo irmão ou em loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa.
Juro também ajudar e defender meus irmãos em tudo o que puder e for necessário, e reconhecer como Potência Maçônica regular e legal no Brasil o Grande Oriente do Brasil, ao qual prestarei obediência.
Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado, e meu corpo enterrado nas areias do mar, onde o fluxo e o refluxo das ondas me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego para com Deus, e desonrado para com todos os homens.
Amém.”
Em seguida, o neófito é conduzido para uma sala contígua ao templo, onde já se encontram colocadas duas urnas com espírito de vinho aceso.
Deitado no chão, sobre um pano preto, deve estar um irmão (maçom), como se estivesse morto, amortalhado com a capa do 1º Experto.
Todos os irmãos estarão de pé, sem insígnias e armados de espada que apontam o neófito.
Este é então desvendado pelo Venerável e encontra-se subitamente num ambiente lúgubre, com inúmeras espadas voltadas para ele, e ouve as graves admoestações do Venerável:
“Este clarão pálido e lúgubre é o emblema do fogo sombrio que há de alumiar a vingança que preparamos aos covardes que perjuram. Essas espadas, contra vós dirigidas, estão nas mãos de inimigos irreconciliáveis, prontos a embainhá-las no vosso peito se fordes tão infeliz que violeis vosso juramento.”
ESTE É SÓ O 1º NIVEL MAÇOM…
Fonte: Sergio Bueno - A Maçonaria e a Lei em 28/12/2010, às 16:37